Na presidência da União Europeia, lutou pelo Tratado de Lisboa. Há dois anos, enfrentou o obstáculo de comandar Portugal num momento de crise, mesmo sabendo que poderia ser uma tarefa ingrata. E os portugueses deram-lhe o seu voto de confiança ao elegê-lo como primeiro-ministro, com uma inédita maioria absoluta obtida pela esquerda. O seu objectivo é dinamizar o país.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu em Vilar de Maçada, Alijó, a 6 de Setembro de 1957. Desde novo se interessou pela política, talvez por influência do pai, que foi Dirigente do Partido Social Democrata. José Sócrates chegou a ser jovem militante social-democrata, mas o seu destino seria o Partido Socialista (PS). Em 1980, obteve o diploma de engenheiro técnico, pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e, oito anos depois, já era “deputado revelação” do PS, pelo Expresso.
Até chegar a primeiro-ministro, José Sócrates ocupou, durante seis anos, vários cargos no governo, desde secretário de Estado a Ministro adjunto. Em 1999, António Guterres nomeou-o Ministro do Meio Ambiente. Mas foi em Fevereiro de 2005 chegou a primeiro-ministro.
Sócrates diz ser “muito obsessivo com o trabalho”, mas agora trabalha menos do que dantes. Todos os domingos vai dar um passeio com os seus dois filhos, de 12 e 14 anos. Além disso, é conhecido pela sua prática de jogging, seja em Luanda, Moscovo ou Washington. “Correr é um exercício fantástico, posso fazê-lo em qualquer sítio e calha bem para visitar as cidades,” revela ao El País.
Frequentemente apontado como um político autoritário, José Sócrates diz ser apenas firme e convicto. Um amigo íntimo resume ao El País o carácter de Sócrates: “politicamente, enfrentou com coragem as críticas e os protestos levantados pela sua acção reformista. E, como pessoa, a atitude positiva com que maneja o desgaste e a incomodidade dessa injustiça é admirável.”
Foto: Corrida matinal do primeiro-ministro, Moscovo (Portal do Governo)