O Ninho, Instituição Particular de Solidariedade Social de cariz religioso, luta pela promoção humana e social de mulheres vítimas de prostituição, com vista à reintegração social das mesmas. A instituição, fundada em 1967, faz uma intervenção psicossocial junto das mulheres prostituídas desde o meio prostitucional até à sua reinserção social. Dispõe de diversos serviços, que facultam uma aprendizagem e um treino de trabalho para facilitar a reinserção profissional.
A instituição funciona como lar para as mulheres que querem deixar a prostituição, em troca de uma modesta quantia. Depois de abandonarem O Ninho, as mulheres continuam a poder contar com um serviço de acompanhamento, para a resolução de problemas familiares e profissionais.
A pedagogia da instituição assenta numa intervenção dialogante, individual ou em grupo, que pretende criar nas mulheres um valor de auto-respeito, auto-estima, confiança e responsabilidade.
O Ninho, através de sessões de esclarecimento e participação nos órgãos de comunicação social, combate a mentalidade vigente de que a “prostituição é uma profissão” e “a mulher é prostituta porque quer”.
Segundo a instituição, “todos os seres humanos querem amar e ser amados, dar-se e não vender-se. Por isso, pensar que a prostituição existiu, existe e existirá sempre é negar ao ser os seus direitos, é negar a liberdade, é desacreditar a possibilidade da liberdade existir”.
Ana Almeida
Jacinto Delgado
Tânia Ferreira