Aos 20 anos, Teresa decidiu sair de casa e procurar trabalho nos anúncios de jornal. Encontrou uma proposta de emprego que lhe despertou a atenção: “Jovem com boa apresentação, com idade compreendida entre os 18 e os 25 anos, precisa-se para servir à mesa num bar. Ordenado de 500 euros mais percentagens.”

Teresa respondeu ao anúncio e começou a trabalhar no bar, a servir às mesas. Pouco tempo depois, o patrão pede-lhe para fazer companhia aos clientes solitários. Ela ganharia o que quisesse. Tudo dependia do que o cliente consumisse. Passou a ganhar à percentagem sobre as bebidas consumidas, mas tinha que ser amável e fazer com que o cliente se sentisse bem.

Depois do bar fechar, era aliciada pelos clientes a passar o resto da noite por um preço elevado. Teresa começou por alternar e depois por se prostituir com os clientes do bar. O dinheiro “fácil” falava mais alto.

Actualmente, Teresa está a tentar sair do mundo da prostituição, da “tentação”. Conta com a ajuda da instituição O Ninho, instituição que acolhe prostitutas e que, segundo ela, tem sido essencial para mudar o rumo da sua vida difícil.

Ana Almeida

Jacinto Delgado

Tânia Ferreira