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      Jornalista da RTP afirma que pressões nos media sempre existiram


 

  Nas últimas semanas têm surgido inúmeras notícias sobre eventuais interferências do Governo na comunicação social. Para Isabel Magalhães, jornalista da RTP, a existência de pressões é um facto natural no jornalismo.

“Em qualquer redacção existem sempre pressões, sejam de orgãos políticos ou até de agentes económicos” refere a jornalista Isabel Magalhães. Na sua opinião, cabe aos jornalistas terem consciência do seu papel profissional e não cederem a essas pressões.

No entanto, Isabel Magalhães considera que nos últimos meses ocorreram algumas situações graves. Dá como exemplo o processo que o primeiro-ministro instaurou contra João Miguel Tavares, colunista do DN, devido a afirmações publicadas num texto de opinião. A propósito deste caso, a jornalista sublinha que é importante distinguir entre uma notícia, “onde se devem ouvir todas as partes e confirmar todas as informações” e um texto de opinião “que representa apenas a opinião de quem o assina.”

Em relação à divulgação do conteúdo das escutas telefónicas do Processo Face Oculta por parte do Sol, Isabel Magalhães considera-a legítima: “Em princípio os jornalistas não devem divulgar matérias privadas ou em segredo de justiça a não ser quando o interesse de informar é claramente mais importante”. E, neste caso, “a divulgação das escutas faz parte do direito de informar”.

Na opinião de Patrícia Tavares, aluna do 3º ano de Ciências da Comunicação, a teoria que defende a existência de uma conspiração para controlar os media é exagerada: “Podem haver situações esporádicas em que existam tentativas de pressão para que os jornalistas não escrevam sobre certo tipo de assuntos, mas penso que na maior parte da comunicação social isso não acontece.” A estudante acrescenta ainda que se não existisse liberdade de expressão, as acusações de censura nem sequer seriam publicadas.

     
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Daniela Carneiro
danieladonis@msn.com