Perante a continuidade dos maus resultados desportivos e das críticas dos sócios, José Eduardo Bettencourt responde que o seu lugar “está sempre à disposição”. O presidente do Sporting não pensa demitir-se, mas abre a porta a um eventual cenário de eleições antecipadas… se surgirem “alternativas melhores” às actuais.
“Se o presidente da Assembleia Geral e os membros dos órgãos sociais me pedirem para convocar eleições antecipadas eu aceito no minuto”, disse Bettencourt, no passado dia 7, no programa “Grande Entrevista” (RTP1). O líder leonino ressalva, porém, que “as soluções que têm aparecido são muito débeis” e que “o Sporting não tem de estar sempre a dar o corpo às balas”.
Bettencourt reconhece que o “momento desportivo está longe de ser o que os sportinguistas merecem”, e encontra parte da justificação nalguns problemas estruturais. “A equipa é parte de um todo, e é vítima de um conjunto de fragilidades que o Sporting tem, como a tendência para ignorar coisas bem feitas, para a auto-destruição”, lamentou.
O timoneiro dos “leões” assume-se como o “único responsável” pela situação actual do clube, e assegura a permanência do treinador Paulo Sérgio e do director para o futebol Costinha. “Seria de uma total ingratidão, falta de solidariedade e espírito de equipa se arranjasse bodes expiatórios”, afirmou.
O dirigente leonino desmentiu ainda as recentes declarações do médio Marat Izmailov a um jornal russo, acusando o jogador de ser “um poço de contradições” e de ter “mentido deliberadamente”. “O Sporting nunca castigou o Izmailov por não ter jogado contra o Atlético de Madrid”, asseverou.
Quanto ao futuro do Sporting, o responsável máximo de Alvalade diz “acreditar ainda no título”, embora admita que “o objectivo realista para já é ultrapassar rapidamente o segundo”.