Nos dias 8 e 9 de Novembro decorreu, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), o III Seminário Internacional "Media, Jornalismo e Democracia". Organizado pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo, o evento foi também marcado pelo lançamento da edição especial da revista "Media e Jornalismo" e do livro "A televisão, o digital e a cultura participativa", de Francisco Rui Cádima, investigador do CIMJ e docente na FCSH-UNL.

O painel de conferencistas contou com nomes como Daniel Hallin (Universidade da Califórnia), Thomas Patterson (Universidade de Harvard),Neuza Mouzinho (ISCSP, Rita Figueiras (Universidade Católica), Adriano Duarte Rodrigues(FCSH-UNL), entre outros.

A diversidade de perspectivas levantou questões como a submissão dos media aos interesses económicos, o consumo de notícias por parte do cidadão comum, o advento da internet, a influência da conjuntura politica e internacional na produção de conteúdos mediáticos, liberdade e pluralismo nos media e o papel dos académicos na resolução destas dicotomias.

Findas as intervenções, o balanço é "extremamente positivo", nas palavras de Francisco Rui Cádima, também presidente da comissão organizadora. Com destaque para os convidados internacionais, refere o investigador do CIMJ que se conseguiu um debate rico e esclarecedor e que se cumpriu a bandeira da FCSH no que respeita à formação e investigação de excelência.

Ainda assim, a organização lamenta que a comunicação social tenha ignorado um Seminário onde estiveram reconhecidos especialistas nacionais e internacionais. Francisco Rui Cádima reforça que "apenas se fala do que interessa às massas". Concluindo com um repto, avança que eventos deste tipo devem servir de exemplo aos alunos, para que se sintam desafiados a discutir e a procurar alargar os seus conhecimentos através do debate e do confronto de posições.