Nos dias 8 e 9 de Novembro, realizou-se na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa o III Seminário Internacional Media, Jornalismo e Democracia organizado pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) estando centrado nas Comemorações Oficiais do Centenário da Implementação da República em Portugal. Vários foram os oradores que se apresentaram em Lisboa, para debater o rumo dos Media, a sua ligação com a política e o conceito de democracia que vigora na imprensa, entre outros temas. No primeiro dia foram várias as apresentações de relevo, com destaque para as comunicações da professora doutora Ana Cabrera, investigadora auxiliar do CIMJ que abordou o ”O humor na campanha eleitoral – Legislativas 2009”, fazendo um estudo sobre o programa televisivo ”Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. Outra das comunicações que esteve em destaque foi “Comentário político na televisão portuguesa: Construção ou descodificação da agenda política?” da professora doutora Nilza Mouzinho de Sena do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas.
O debate no fim das comunicações incidiu muito sobre estas questões relacionadas com a entrada do humor no campo político e sobre a existência de programas televisivos de opinião política. A professora doutora Antónia do Carmo Anjinho Barriga, fez parte do grupo de oradores que expôs o seu trabalho ao apresentar a sua comunicação: “Media, política e opinião: uma tríade complexa. Uma abordagem à opinião publicada em Portugal”. No fim do debate esta professora do departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior, falou abertamente sobre os temas em maior destaque na nas comunicações e particularmente no debate.
A professora mostrou algo preocupada com o afastamento da população em geral da política, dizendo que “a qualidade do debate político actualmente desinteressa a qualquer um”. Por outro lado acredita que as novas plataformas de comunicação, como as redes sociais ao contrário dos “velhos jornais” podem “cativar” o interesse da juventude para a política. Além disso apontou o dedo aos comentadores políticos da televisão portuguesa, “que deviam assumir a sua opinião, já que não dão uma opinião neutra, estão ligados a partidos políticos e têm interesses partidários”.