Espaço quase-centenário de educação reabilitado em Lisboa Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa revitaliza antiga Escola Machado de Castro
Imagem cedida pela EHTL
A (nova) Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, antiga Escola Industrial e posteriormente Escola Secundária Machado de Casto
A antiga Escola Machado de Castro encontrou nova vida. Após o seu futuro como espaço educativo ter estado em causa, o projecto da nova Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa veio revitalizar o complexo datado de 1927, com benefícios para a nova instituição e comunidade local.
O nº41 da Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique, está diferente. Longe vão os tempos da Escola Industrial Machado de Castro (1927-1975) e em 2005, a reconvertida Escola Secundária Machado de Castro fechou pela última vez as portas. Com vista para o vizinho Liceu Pedro Nunes recentemente remodelado a relembrar a sua progressiva decadência, este magnífico edifício, com vista soberba sobre a cidade de Lisboa, vinha-se degradando lentamente, a ponto de parecer, nos seus últimos anos de inactividade, uma extensão do Cemitério dos Ingleses, ali mesmo ao lado.
Felizmente, desde Setembro de 2009, tudo isso mudou e a actividade regressou àquele recanto da capital. Quem por lá passa não fica indiferente perante a grandiosa e revigorada fachada (agora) branca do edifício principal, que mantém o traço do projecto original. O ar moderno mas simultaneamente clássico de todo o complexo apela à curiosidade e convida à visita. O interior não desaponta.
A tecnologia avançada que equipa todo o edifício, desde as salas de aula, biblioteca, às cozinhas, auditório técnico de cozinha, até ao magnífico auditório principal com capacidade para 150 pessoas é capaz de fazer inveja a muitas instituições de Ensino Superior. A capacidade máxima da Escola é de 500 alunos. Claramente, aqui, os meios não são limitativos. Além das condições intrínsecas à mudança de instalações, também a localização numa zona nobre de Lisboa revela ser uma grande vantagem. “A anterior escola nas Olaias parecia um prédio de habitação. Aqui tem outro ar… E depois, estamos a 10 minutos das Amoreiras, próximos da Baixa-Chiado, por isso acho que as pessoas vêem mais, falam mais e isso é óptimo. Servimos vários dias quinze a vinte almoços no restaurante, e mesmo que sejam cinco ou seis, temos sempre gente a vir, o que mostra que as pessoas têm interesse e gostam" refere David Martins, 23 anos, estudante finalista na EHTL do Curso de Gestão e Produção de Cozinha.
Essa ligação com a comunidade local é muito fomentada por todos. Na agenda da instituição é comum estarem várias propostas de cursos, workshops e seminários, incluindo, como foi o caso no período de 17 a 20 de Janeiro, um evento sugerido e organizado pelos próprios alunos.