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      Jovens contestam trabalho precário “ad eternum”


 

Trabalho precário: o grave problema do emprego jovem
  Dois recém-licenciados, Ana Santos e João Vargas, contestam as medidas propostas pela direita relativamente ao emprego jovem. Ana Santos discorda da proposta do PSD, na medida em que não altera a actual conjuntura: “os empregos são provisórios, não há estabilidade”. Para João Vargas “ter um emprego é sempre melhor que não ter nenhum”, contudo, considera que “não podemos aceitar ter um trabalho precário ad eternum”.

O projecto-lei do PSD defendia um regime transitório até 2014 em que os contratos a termo poderiam durar até três anos, independentemente do número de renovações. Os contratos de trabalho temporário podiam ainda ser feitos oralmente, proposta que a esquerda considerou como uma forma de aumento do trabalho precário. Também o CDS apresentou um projecto-lei, relativo ao emprego jovem, que foi largamente criticado.

O PSD afirma que o projecto apresentado visava aumentar o emprego jovem, que sofre de uma taxa de desemprego de 23%. Francisco Assis, líder parlamentar do PS, disse ao jornal Público, que condena esta tentativa de “aproveitar dificuldades sérias conjunturais para introduzir modificações que teriam efeitos estruturais, no sentido da diminuição dos direitos da parte mais fraca”.

Recentemente, a maioria da esquerda chumbou os projectos-lei do PSD e CDS. Mas não apresentou alternativas para a diminuição das taxas de desemprego das classes mais jovens, que continuam assim à espera de uma solução. Ana Santos e João Vargas criticam o contínuo ignorar do problema por parte da classe política.

“As expectativas de emprego numa área como o jornalismo nunca poderão ser as mais positivas, já que é um mercado bastante saturado”, afirma João Vargas. Já Ana Santos considera “fácil conseguir um emprego”, mas não será aquele que pretende. “O pagamento não vai ser justo, será sempre muito abaixo do que um licenciado deve receber”, lamenta.

     
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Marina Rosário
marina.adrosario@gmail.com