foradelinha    Trabalho precário Reportagens 07  
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      Flexibilização dos contratos a prazo desagrada a jovens e empresários


 
 

As propostas do PSD e do CDS sobre a entrada dos jovens no mercado de trabalho foram chumbadas no Parlamento. Contratos a termo ilimitados e aumento da duração máxima dos contratos a prazo eram algumas das ideias que geraram controvérsia até na sociedade.“Eu não daria emprego a nenhum jovem nestas condições", afirmou Emília Sousa Pedro, dona de uma pequena empresa.

“As pequenas empresas precisam de estabilidade e esta situação não ajudaria em nada, nem ao empregado nem ao empregador”, continuou. “Seria sempre um começar de novo criando precariedade e desmotivação para ambas as partes, repercutindo-se no desempenho das tarefas e não beneficiando em nada o empregador.”

O descontentamento perante as ideias do PSD e do CDS para resolver a taxa de 23% de jovens desempregados em Portugal sentiu-se na sociedade, até mesmo por parte dos patrões. No caso dos jovens, o sentimento não foi diferente.

“Estas medidas são um pau de dois bicos: se por um lado aumentaria as minhas hipóteses de conseguir um emprego enquanto jovem licenciada, por outro deixar-me-ia sem grandes hipóteses de construção de uma carreira sólida e de progresso, visto que, provavelmente, andaria a passar de empresa em empresa sem chegar aos quadros de nenhuma”, disse Joana Bento, finalista do curso de Ciências da Comunicação.

Estas propostas inflamaram o debate parlamentar e foram chumbadas por todos os partidos da esquerda que acusaram o CDS e o PSD de querem aumentar a precariedade laboral.

     
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Carolina Moreira
carolinamoreira23@gmail.com