foradelinha    Trabalho precário Reportagens 07  
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      Contratos orais geram incerteza


 
  Sérgio Batista é mais um jovem português na recta final da licenciatura. Atento ao debate quinzenal sobre emprego jovem, no Parlamento, Sérgio discordou da proposta do PSD que visa a realização de contratos orais, uma forma de combate ao desemprego jovem em Portugal. Prestes a entrar no mercado de trabalho, o jovem estudante destacou como principais problemas da proposta a promoção da incerteza e a falta de protecção dos trabalhadores.

«Ninguém vai querer trabalhar com contratos orais.», afirmou Sérgio. «O ideal seria encontrar um meio-termo em que se protejam os trabalhadores e em que haja uma flexibilização do emprego em simultâneo.», acrescentou. Para ele, as reformas são demasiado tímidas. «Não há vontade de mudar. Kant dizia que “cada povo tem o governo que merece”. E o povo não sabe pôr o governo na ordem.»

A proposta apresentada pelo PSD e pelo CDS tinha como principal objectivo o combate aos 23% de desempregados jovens no país. Acabou por ser chumbada pela ala esquerda do Parlamento na sexta-feira.

Sérgio Batista estuda Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Pondera sair de Portugal, não acredita num futuro próspero para o seu país. «Não dão oportunidades aos recém-licenciados.», disse.

Considera que a lei não é a principal responsável pelo desemprego jovem, o problema reside nas próprias empresas. Tem esperança que, emigrando, possa ter mais oportunidades de realização. «Sei que, lá fora, os profissionais de comunicação ganham, no mínimo, 2000€. Aqui, é preciso chegar ao topo da carreira para ganhar esse valor.», acrescentou o aluno finalista de Ciências da Comunicação.

     
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Samuel Pimenta
samuel_pimenta90@hotmail.com