Maria Teresa Zuzarte foi uma das milhares de mães que participou na Manifestação «Geração à Rasca». O movimento que, inicialmente, foi pensado para os jovens portugueses, rapidamente se tornou numa movimentação transversal a todas as faixas etárias. A iniciativa contou com famílias inteiras, que protestaram contra o governo e a precariedade, no sábado, dia 12 de Março.Escriturária de profissão e com dois filhos, de 19 e 23 anos, ambos estudantes do ensino superior, Maria Teresa Zuzarte esperava na Praça dos Restauradores a massa de gente que descia a Avenida da Liberdade. Foi a falta de confiança no futuro para os seus filhos que a motivou a juntar-se ao protesto.
Citação de Maria Teresa Zuzarte.wav
A iniciativa promovida no Facebook contou com mais de 70 mil confirmações online. As expectativas foram superadas. Os cerca de 280 mil manifestantes exigiram um futuro mais promissor para Portugal.
Elisabete Ávila, médica, também se mostrou solidária com a «Geração à Rasca». Acompanhada pelos dois filhos e pelo marido, quando questionada sobre as razões que a levaram a sair à rua em protesto, respondeu “Sou portuguesa!”. Já trabalhou no estrangeiro, mas considera um direito seu poder trabalhar no país que a viu nascer.
Citação de Elisabete Ávila.wav
Manuel Marcelino foi um dos pais que, motivado pela falta de perspectivas de futuro para os filhos, se deslocou até à Avenida da Liberdade para gritar “Basta!”. “Estou solidário com a juventude.”, esclareceu.
Mas não só mães e pais desceram a Avenida em protesto. António Vieira, avô de dois estudantes do ensino secundário, também participou na Manifestação «Geração à Rasca», acompanhado pela mulher. Descontente com a actual situação do país, referiu que há muitos anos que as perspectivas de futuro se têm tornado cada vez piores.