foradelinha    Trabalho precário Reportagens 07  
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      Clima de instabilidade laboral intensifica-se no Parlamento


 
  Os partidos de esquerda estiveram em consonância no chumbo à nova proposta do PSD sobre a flexibilização do trabalho, no passado dia 26 de Fevereiro. No centro da divergência, esteve aquilo a que o bloco de esquerda apelidou de «uma lei irresponsável, que só traria mais precariedade aos jovens trabalhadores.»


Ricardo Ferreira, recém-licenciado em Gestão, mostra-se preocupado com o seu futuro. «Querem pôr-nos em condições precárias eternamente. Sem limites máximos nos contratos a prazo, vivemos cada dia com medo do amanhã», explica o jovem de 22 anos, a terminar o estágio e com perspectivas num contrato estável.


Apesar do descontentamento gerado em pontos-chave como a liberalização dos contratos orais ou os contratos a “termo ilimitado”, a proposta realizada em parceria com o CDS também teve apoiantes.


«Tenho 37 anos e estou desempregada há mais de dois. Neste momento, qualquer ajuda ao emprego é bem-vinda», desabafa Paula Lopes, mãe de duas filhas e antiga funcionária de uma empresa de telecomunicações, que agora luta pela sobrevivência da família.


«No mundo real, cada dia é uma nova luta», continua Paula. «Esta medida não seria apenas importante para os jovens e o seu primeiro emprego, mas para os próprios desempregados a longo termo, que veriam uma nova esperança ao fundo do túnel».

     
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Pedro Rodrigues
pedrotrodrigues@live.com.pt