No dia 12 de Março, cerca de 200 mil pessoas saíram à rua em Lisboa pela causa da “Geração à Rasca”. Do Marquês de Pombal até ao Rossio, os manifestantes eram de todas as idades. Esta iniciativa mostrou o descontentamento em em relação à precariedade, à falta de direitos no trabalho e também em relação à classe política portuguesa.
"Qual vai ser o futuro deles?" Esta é a pergunta de uma mãe, em plena manifestação, levando o seu bebé num carrinho com uma folha colada que pedia "1 futuro melhor sff". A palavra "futuro" estava na ponta da língua. Dos estudantes até aos reformados, esta iniciativa abarcou todas as faixas etárias e constituiu a segunda maior manifestação portuguesa desde o 25 de Abril. A mobilização foi feita através da rede social Facebook e inspirada na música "Que parva que eu sou" do grupo Deolinda.
Os manifestantes deram foco ao desemprego e à falta de direitos laborais. O principal alvo das críticas foi o Governo mas a classe política portuguesa foi toda posta em causa. A manifestação da "Geração à Rasca" não estava ligada a nenhum partido mas o PCP e o PAN compareceram: distribuindo panfletos e levando bandeiras, respectivamente.
Entre as figuras públicas, estiveram presentes: Fernando Tordo e Rui Veloso (que cantaram músicas simbólicas) e os Homens da Luta que estiveram à frente da parada, sempre a animar o público.
“Os recibos verdes são bons, porque são ecológicos.”
“E quem não salta é do governo!”
“Estou à rasca deixa passar!”
"O país precário saiu do armário.”
Estas são algumas das frases de protesto. Num dos cartazes mais populares da manifestação, o Primeiro Ministro aparece caricaturado com a cara do Joker (vilão do Batman).