Há cada vez mais mulheres a exercer a profissão de jornalista, é o que revela o estudo realizado pelas investigadoras Liliana Pacheco e Fernanda Lima Lopes, transmitido no Congresso Internacional de História dos Media e do Jornalismo, na Universidade Nova de Lisboa.Em 2009, no universo dos profissionais inscritos no Sindicato dos Jornalistas de Portugal, cerca de 59% dos jornalistas eram homens e 41% mulheres. No entanto, esta situação tem vindo a diminuir, com uma tendência contínua para a feminização da profissão. “Nas faixas etárias mais jovens, até aos 34 anos, já são mais mulheres do que homens”, afirmou Liliana Pacheco.
Ao longo da comunicação foram ainda identificados alguns pontos de convergência e de dispersão entre os jornalistas portugueses e brasileiros nas mais variadas áreas. Concluiu-se também que, nos dois países, “a maioria dos jornalistas possui formação ao nível da licenciatura ou do bacharelato”, havendo uma tendência crescente para o aumento do nível de formação dos profissionais da comunicação.
A comunicação das investigadoras Liliana Pacheco, do ISCTE –IUL, e Fernanda Lima Lopes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que não se encontrou presente no congresso, inseriu-se numa das sessões paralelas de tema livre do evento e teve como título “Os jornalistas enquanto objecto de estudo – Uma perspectiva brasileira e portuguesa”.
O congresso decorreu nos dias 6 e 7 de Outubro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova da Lisboa e teve como tema de partida a “Génese e evolução do Jornalismo no Espaço Ibero-Americano”. O evento foi organizado pelo Centro de Investigação Media e Jornalismo e contou com a presença dos mais ilustres oradores da área, provenientes das mais prestigiadas instituições de ensino de Portugal, Espanha e Brasil.