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      Congresso Internacional de História dos Média e Jornalismo na FCSH


 

 

Nos passados dias 6 e 7 de Outubro, decorreram na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas um conjunto de conferências que incidiram sobre a evolução do Jornalismo no Espaço Ibero-americano. A abertura esteve a cargo do prof. Doutor Nelson Traquina.

“O futuro do Jornalismo depende das pessoas licenciadas e, em particular, das pessoas licenciadas em Ciências da Comunicação ou Jornalismo”, disse Nelson Traquina, ex-docente da FCSH e presidente do CIMJ (Centro de Investigação em Media e Jornalismo), que falou da luta portuguesa pela liberdade no período do 25 de Abril e da importância das qualificações dos jornalistas. As conferências começaram dia 6, pelas 9h30 com esta introdução mas também Rui Santos, o representante da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, falou, com brevidade, acerca da importância da investigação científica.

As primeiras comunicações foram moderadas pelo professor doutor Francisco Rui Cádima, docente na FCSH e membro do CIMJ, entidade organizadora deste evento. Os oradores convidados foram: Jaume Guillamet, da Universidade Pompeu Fabra; Rafael Quirosa-Cheyrouze y Muñoz, da Universidade de Almería; Helena Lima da Universidade do Porto e membro do CIMJ; Ana Cabrera, investigadora do CIMJ e a professora na FCSH, Carla Baptista, que pertence também ao centro de investigação.

Discutiram-se temas como a transição para a democracia em Portugal e na Espanha, a cargo dos convidados espanhóis, que incidiram nas mudanças pós Franco, enquanto que a prof. Helena Lima focou a imprensa Portuense no período do PREC (Processo Revolucionário em Curso), ou seja, por volta de 1976. Foi também apresentado o estudo “FEMALE POLITICS”, o caso específico das mulheres deputadas no regime pós 25 de Abril, apresentado por Ana Cabrera e, ainda, as especificidades da relação política-jornalismo durante o governo de Marcelo Caetano, por Carla Baptista. As primeiras sessões terminaram por volta do 12h30, com espaço para algum debate com os presentes.

A sala estava cheia, tanto de alunos como de docentes. Catarina Moura, estudante do 2º ano de Ciências da Comunicação na FCSH, fez um balanço positivo das comunicações: “Iniciativas como esta são essenciais para a discussão do jornalismo e para que esta seja uma actividade que não se deixa estagnar no tempo. O tema do jornalismo no estado novo, em particular, pode ajudar-nos a ter uma visão sobre o passado, as metas que o jornalismo em Portugal teve que atravessar e ajudar-nos a construir o futuro da profissão”.

O congresso continuou pela tarde de quinta-feira e no dia seguinte.

     
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Susana Pacheco
susana.pacheco01@gmail.com