A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL organizou na passada quarta-feira, um Erasmus Day para que os estudantes pudessem partilhar as suas experiências em Erasmus. O Subdirector da Faculdade, Francisco Caramelo, acerca das dificuldades económicas dos estudantes refere: “Não ignoramos que esta não é a situação mais favorável. Mas a verdade é que o número de estudantes que vêm e vão de Erasmus é cada vez maior”. Francisco Caramelo conta ainda que o maior número de alunos que vêm para Portugal é de países como Itália, Polónia, Espanha. Surgem agora outros países como o Reino Unido que “há cerca de três anos não enviava um único aluno para Portugal”. Para o subdirector da Faculdade “isto é um sinal de que os alunos que estiveram cá noutros anos passaram a mensagem de que esta é uma Faculdade onde vale a pena estudar”, explica.
Teresa Alonso, coordenadora do Gabinete de Recrutamento e Intercâmbio de Alunos e responsável pela organização do Erasmus Day justifica a sua realização pela falta de informação e alguns receios dos alunos: “Os nossos estudantes tinham muitos medos e dúvidas quanto ao programa Erasmus. Pelo que consideramos não haver melhor do que os próprios colegas para os esclarecer”.
Thiago Mourão, 25 anos e estudante de Ciências da Comunicação, fez Erasmus na cidade de Pádova, em Itália, e recordou, numa das várias apresentações que decorreram ao longo do dia, como a língua lhe parecia ser o maior obstáculo. Porém, após cinco meses em Itália, diz-se surpreso por já conseguir comunicar facilmente em Italiano. “Não tenham medo se não conhecem a língua. Não é um bicho de sete cabeça se se esforçarem”, esclareceu Thiago.
Lena Dinkelacker, Kathrin Leibfried e Valentina Gusow são as três alemãs e conheceram-se em Portugal. As duas primeiras estudam Linguística e a última, Valentina, Tradução e Interpretação. Para além da nacionalidade, têm em comum o português como língua de estudo, que constituiu a razão pela qual decidiram fazer Erasmus em Portugal. Lena conta: “Eu comecei com o espanhol. Mas depois decidi também aprender português por ser uma língua igualmente importante, se pensarmos no Brasil e na sua economia”.