Brígida Paiva (Mestrado em Tradução) afirma que foi através da sua experiência Erasmus que teve a possibilidade de viver sozinha pela primeira vez, enfatizando que este foi um aspecto extremamente positivo. Também Inês Neves (Licenciatura em Ciências da Comunicação) encara o programa Erasmus como a oportunidade de se ser verdadeiramente independente. Ambas moradoras em Lisboa, foi apenas ao irem para o estrangeiro que conseguiram emancipar-se, vivendo fora de casa pela primeira vez. Estas foram duas das alunas que participaram no “Erasmus Day”, que se realizou no passado dia 7 de Março, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O evento, que tem como principal objectivo incentivar a mobilidade universitária, consistiu em diversas conversas informais entre os alunos que já fizeram Erasmus e os alunos interessados em aderir a este programa.
Apesar da actual conjuntura económico-financeira e do elevado desemprego de jovens licenciados, Brígida Paiva e Inês Neves não aderiram ao programa Erasmus porque pensam em emigrar. “Era um desafio que queria superar, ganhar uma maior independência, uma maior autonomia e provar a mim mesma que era capaz de viver sozinha de forma responsável”, afirma Inês Neves.
Contudo, ambas as alunas acreditam que há vantagens profissionais para quem vai estudar um semestre para o estrangeiro. “Não só [vantagens] a nível do currículo, pois cada vez mais valorizam experiências no estrangeiro, mas também a nível pessoal”. O contacto com diferentes sistemas de educação e formas de trabalho “ajuda ter perspectivas diferentes e a abrir horizontes”, diz Brígida Paiva.
Inês Neves ainda não sentiu propriamente nenhuma vantagem, mas espera ter algumas. “Acho que decidir partir numa aventura como esta, diz muito sobre nós. Revela um grande espírito de aventura, revelamos ser pessoas que gostam de desafios, pessoas com uma mente muito aberta, disponíveis para aprender e capazes de tolerar”, conclui.