Por volta de 300 estudantes se reuniram em Marquês de Pombal para protestar contra o aumento das propinas no Ensino Superior. Os manifestantes pedem por um ensino universal e gratuito e criticam o resgate dos bancos e as medidas de austeridade tomadas pelo governo português para preencher os requisitos orçamentários exigidos pela troika.“Espero que meu curso não seja atualizado consoante o valor de mercado. Ainda agora, houve um aumento de 33 euros na propina. O que a mim, custa pagar a mais, mas eles nem sequer consideram isso um aumento”, diz a estudante da FLUC de Coimbra, Bárbara Góis.
“Estão a tornar o ensino superior um ensino superior só para quem tem dinheiro, e isso nós não podemos deixar que passe”, explicou Daniel Sobral da Faculdade de Ciências e Tecnologias (FCT) da UNL.
Com palavras de ordem como: “A educação é um direito, sem ela nada feito!”, os estudantes partiram às 15h51 (quase uma hora de atraso em relação ao horário de início marcado nos panfletos), puxados por um carro de som, em direção à Assembleia da República.
Para a estudante da ESAP, Joana Borges, dinheiro não falta ao governo para manter um sistema educacional público de qualidade, mas o estado prefere socorrer aos bancos a investir na educação.