foradelinha    Texto escrito 2014 Reportagens 07  
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      A Cidade Medieval: um encontro de sons, cheiros e gestos


 
  No âmbito do plano de actividades do Departamento de História da Faculdade Ciências Sociais e Humanas (FCSH), a última conferência realizada, foi uma oportunidade para reviver aquilo que em tempos foi uma cidade medieval portuguesa e desvendar algumas das suas características específicas.

“Um dia numa cidade medieval portuguesa”, foi o título escolhido pelo departamento de História da FCSH para dar início ao ciclo de conferências que se realizou no passado dia 13 de Março de 2014, ás 18h, no auditório 2 da respectiva Universidade.

Dirigida exemplarmente pela Professora Doutora Amélia Andrade, a conferência foi toda ela exposta através de imagens num painel de fundo presente no local. Primeiramente a explicitação do tema, recaiu para a concepção medieval de cidade na qual o seu corpo se faz através de uma organização de espaço e organização social muito detalhados, como exemplo temos a cidade amuralhada, protótipo do tempo medieval, e por outro a base da organização societal elaborada através do Cristianismo que em muito descrevia o dia-a-dia das pessoas neste tempo.

Após a definição de cidade, segui-se a descrição dos quotidianos urbanos medievais através de imagens que mostravam bem quais eram os códigos de vestuário, dias de festa e horário de trabalho do povo. Neste seguimento foi possível detectar que os dias de trabalho do povo estão intimamente ligados ao calendário litúrgico, facto explicativo deste acontecimento diz respeito ao maior dia de festa ser o dia do Corpo de Deus. Com o desenrolar discursivo da oradora, Amélia Andrade, conclui-se que a actividade mercantil é dos elementos com maior importância para o bom rendimento da sociedade medieval.

Chegada a parte final da palestra, Amélia Andrade, não hesita em dizer que a cidade medieval têm particularidades muito concretas como os sons, cheiros e gestos. Todos estes elementos são constituintes desta época, por um lado a cidade funciona ao som dos sinos e cavalos, desenvolve-se através do cheiro do ferreiro e do peixe da ribeira e reflecte-se em agressões e rituais litúrgicos.

     
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João Pedro Oliveira
guga_oliveira.10@hotmail.com