Nos anos 90, os Estados Unidos entraram em alerta quando um hacker conseguiu entrar em sites confidenciais do Governo e das maiores empresas da América. Kevin Mitnick foi responsável por muitas dores de cabeça das entidades Norte-Americanas, ganhando a reputação de pirata informático mais famoso do mundo.
Depois de capturado pelo FBI, em 1995, foi condenado a cinco anos de prisão. Mas as autoridades perceberam que era mais fácil tê-lo do seu lado do que do lado “inimigo” pelo que Kevin Mitnick é hoje um dos maiores colaboradores das autoridades federais, em casos que envolvam pirataria informática.
O caso de Mitnick é importante pelo facto de ter sido transformado em exemplo para o “hacking” nos EUA. Desde então, a Internet tem sido cada vez mais controlada para evitar aventuras como as de Kevin Mitnick.
Para além de colaborar com as autoridades, é hoje das pessoas mais respeitadas no mundo da informática, tendo já escrito dois livros (“The Art of Deception” e “The Art of Intrusion”), criado uma assessoria e dá conferencias em todo o mundo, cobrando quase 20 mil euros por palestra.
Uma das principais razões para que um cibernauta se transforme em “hacker” é o ego, aliando-se à adrenalina da situação. O perigo aparece quando se começa a perder o controlo. De pequenas brincadeiras até aos actos criminosos vai uma curta distância. E apanhar um “hacker” é como encontrar ‘uma agulha num palheiro’, ainda para mais, num mundo cada vez mais informatizado.
Texto de Vânia Araújo e Pedro Junceiro