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      O que pensam os jovens do anúncio
A campanha anti-pirataria da Federação dos Editores de Videogramas pelos olhos de quem a vê


 
Universal Pictures 

King Kong, de Peter Jackson, foi lançado simultaneamente nos Estados Unidos e em mais 36 países para combater a pirataria.
 

Numa sala de cinema do Alvaláxia, composta por muitos jovens que vieram ver “King Kong”, conversa-se antes da sessão iniciar. Os anúncios começam. Surge um que atrai as atenções dos grupos. O anúncio contra a pirataria gera risos e comentários de quem ainda não encara o download ilegal como um crime.

Pelo meio ouvem-se expressões como “é isso é…”, “ah, olha, não sabia!” ou “ e quem é que me vai apanhar o Pai Natal?”, num claro desprezo ao anúncio. As leis aqui não têm relevância. Há mesmo quem diga que o anúncio é uma “palhaçada”.

À saída da sessão, Nádia Conceição, estudante de Comunicação Social, afirma que “o anúncio teve o impacto contrário ao que era desejado”. A jovem banaliza a cópia de ficheiros, considerando que “grande parte das pessoas a faz”.

Feng Huang, como é tratado na Internet, de 21 anos, propõe uma baixa de preços para abrandar a pirataria. “Não me sinto de todo atingido pelo anúncio. A campanha é uma fantochada,” afirma.

Ricardo Vítor, trabalhador no ramo das telecomunicações, tem uma perspectiva semelhante. “Essa publicidade serve apenas para que as pessoas se sintam mal com o que fazem, mas não é com isso que vão conseguir parar o download ilegal”, comenta.

Texto de Vânia Araújo e Pedro Junceiro

     
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Vânia Araújo e Pedro Junceiro
vaniaaraujo@gmail.com