Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemológica das Doenças Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde.
Entre 1 de Janeiro e 31 de Março, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55 por cento não apresentam sintomas da doença, 35,7 por cento são de sida em estado visível, 9,3 por cento estão numa fase intermediária. As idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8 por cento são homens.
O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13 287, mas os cálculos apontam para 30 mil. Destes casos identificados, 51,7 por cento são de sida, 9,3 por cento são intermediários e 39 por cento são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia descoberta do mesmo.
Os toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33 por cento do total dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6 por cento) e homo/bisexualidade (28 por cento), o que contraria a ideia de que "a sida é a doença das prostitutas e dos homosexuais".