Texto nº7

 

        Diz ao meu senhor: assim fala Nûr-Sîn, teu servo.

        Uma vez, duas vezes e cinco vezes, escrevi ao meu senhor acerca do gado a oferecer a Addu e do domínio que Addu, o senhor de Kallassu, nos reivindica.

        Acerca do gado a oferecer a Addu, Alpân, diante de Zû-hatnim, Abi-šadî e..., disse-me assim: «Dá o gado, tal como ele reivindica, e as vacas. O meu senhor, diante dos... disse-me para dar o gado, nestes termos: “No futuro, que não haja revoltas contra mim”». Impus-lhe testemunhas. Que o meu senhor o saiba.

        Nos oráculos, estava Addu, senhor de Kallassu, dizendo o seguinte: «Não sou Addu, senhor de Kallassu, que o criei no meu colo e que o fiz retornar ao trono da casa de seu pai? Desde que o fiz retornar ao trono da casa de seu pai, dei-lhe novamente um lugar para residência. Agora, como o fiz retornar ao trono da casa de seu pai, apropriar-me-ei do domínio na sua casa. Se ele não der, o senhor do trono dos territórios e da cidade sou eu e o que dei eu tirarei. Se não for assim e ele conceder o meu desejo, eu dar-lhe-ei trono atrás de trono, casa atrás de casa, territórios atrás de territórios, cidade atrás de cidade e dar-lhe-ei o país desde oriente até ocidente». Eis o que disseram os respondentes e nos oráculos aparece também. Além disto, o respondente de Addu, senhor de Kallassu, protesta o lugar de Alahtum como domínio. Que o meu senhor o saiba.

        Anteriormente, quando eu vivia em Mari, eu reproduzia ao meu senhor qualquer palavra que o respondente ou a respondente dissessem. Agora, habito noutro país. O que eu ouço e o que me dizem não o escrevo ao meu senhor? Se, amanhã ou depois, vier a acontecer qualquer perda, o meu senhor não dirá assim: «Porque é que não me relataste a palavra que o respondente te disse e o teu lugar que ele protestava?». Agora, escrevi ao meu senhor. Que o meu senhor o saiba.

        Outro assunto. O respondente de Addu, senhor de Alepo, veio ao meu encontro com Abu-halim e disse-me assim: «Escreve ao teu senhor nestes termos: “Não sou Addu, senhor de Alepo, que te criei no meu colo e que te fiz retornar ao trono da casa de teu pai? Mas eu não te reivindico nada. Quando um injustiçado ou uma injustiçada te apelam, recebe-os em audiência e julga o seu caso. É isto que te peço. Se fizeres isto que te escrevo e se prestares atenção à minha palavra, dar-te-ei o país desde o oriente até ao ocidente e o país de...”». Eis o que o respondente de Addu, senhor de Alepo, me disse diante de Abu-halim. Que o meu senhor saiba isto.