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A necessidade
de uma net-etiqueta
Tal como
nas ruas da cidade uma criança se pode cruzar com quiosques forrados
de revistas pornográficas, comprar cigarros e até beber uma cerveja
numa esplanada, também na Internet, os menores estão sujeitos a
conteúdos menos próprios para a sua idade. Este é o lado negro deste
meio que tanto preocupa pais e educadores.
Como tentativa de diminuir estes riscos há quem defenda o 'censorship',
mas a dificuldade de o pôr em prática tem ditado o seu insucesso.
Contudo, ao nível da indústria tem surgido software
de filtragem de informação, que permite bloquear o acesso a
certos conteúdos. Se por um lado estes programas significam poder
de decisão sobre o que é ou não aceitável de ser consultado, por
outro lado, são também vistos como "novas formas de censura".
O que reúne mais consenso entre pais e educadores, é a ideia de
que a melhor forma de protecção das crianças é a sua preparação
para os perigos. E tal como na vida social, também na Internet se
torna necessário proceder a uma aprendizagem de normas de comportamento
e de segurança. O estabelecimento destas regras deve ser discutido
entre pais e crianças. Também por parte dos produtores de conteúdos
tem havido uma sensibilidade
especial na elaboração de sites
destinados aos mais novos. Nestes sites, privacidade e segurança
são palavras de ordem.
As próprias crianças estão alerta para os perigos da Net e têm consciência
que o software de filtragem e a interferência dos pais são medidas
pesadas que podem limitar o seu direito de expressão e de escolha.
Assim, na Internet, as crianças tem adoptado uma série de códigos
culturais. Esta 'netiqueta'
não é formal, mas os mais preocupados têm tentado segui-la.
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