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Para se ser voluntário da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) é preciso mais que boa vontade e gosto de ajudar os outros. O objectivo da Associação é prestar informação, protecção e apoio às vítimas de crime. Os seus voluntários, para além de aguentarem a dificuldade de alguns casos, devem reunir competências na área da psicologia, direito e acção social.

O primeiro voluntário apareceu por iniciativa própria um ano e meio depois da Associação ter sido fundada, em 1990. Passados uns meses, a APAV começou a fazer algumas campanhas de angariação de voluntários junto das Universidades e dos meios de comunicação social. Daqui resultou uma enorme adesão e, actualmente, a APAV conta com a ajuda de cerca de 180 voluntários.

Helena Guerreiro é psicóloga e coordenadora do Gabinete de Lisboa da APAV. Não é voluntária, mas as horas extraordinárias que passa na Associação ninguém lhas paga. Segundo a coordenadora, são os voluntários quem assegura a actividade principal, isto é, o atendimento às vítimas.

Os dias da preparação

Esta associação faz uma triagem bastante rigorosa dos voluntários. É um processo que começa com uma entrevista em que os candidatos a voluntários preenchem um ficha de inscrição que inclui um teste. «É necessário avaliar se os voluntários já passaram pela situação de vítima. Questionamos sempre até que ponto o voluntário é capaz de desenvolver estratégias de autodefesa junto da vítima», refere Helena Guerreiro.

Passada esta fase, o voluntário recebe uma Formação Inicial que irá facilitar a sua integração na equipa técnica. Esta formação dura cerca de 3 dias, consoante os grupos e as características específicas dos seus elementos. A partir do momento em que o voluntário começa a trabalhar passa à Formação Contínua. «Todos os meses um formador ministra uma acção sobre determinado assunto: aspectos jurídicos, atendimento telefónico, atendimento presencial, processo de apoio à vítima, aspectos éticos e deontológicos, aspectos mais burocráticos, etc». Por outro lado, vão-se desenvolvendo exercícios de dinâmica de grupo. «Quando se trabalha em equipa está-se sempre em aprendizagem. Há um intercâmbio de conhecimentos», diz a psicóloga.

A face negra do voluntariado

Não é apenas a vontade de ajudar que leva os jovens a procurar a APAV. Os voluntários são sobretudo pessoas saídas das Universidades ou finalistas que procuram ganhar alguma experiência no terreno. «Muitos procuram algo que complemente a formação teórica que acumularam no curso».

Mas apesar dos benefícios concretos e óbvios do voluntariado, Helena Guerreiro conclui que o facto de estes jovens trabalharem como voluntários, leva a que as entidades patronais não valorizem o seu esforço. «Como os jovens estão ocupados a realizar um trabalho em regime de voluntariado, o seu papel enquanto profissionais remunerados não é valorizado».

Segundo a psicóloga, esforço e dedicação não bastam para que o voluntariado seja eficaz. Se o trabalho voluntário procura dar uma resposta aos desafios da sociedade só faz sentido se aqueles que nele se empenham se sentirem satisfeitos.

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