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Expo'98

 Entre Maio e Setembro de 1998, Portugal acolheu a última exposição do Século XX. Durante quatro meses, o país andou nas “bocas do mundo” e recebeu milhões de visitantes. Volvidos dois anos, a Expo’98 continua a fazer parte do imaginário dos portugueses. Mas só alguns podem afirmar ter conhecido por dentro a mais internacional das exposições.

Filipe Gaspar tem 22 anos e estuda Direito no Porto. As aulas e os exames retiram-lhe grande parte do seu tempo, mas não o suficiente para que deixe de falar numa das melhores experiências da sua vida: a sua participação como voluntário na Expo’98.

Tudo começou em 1994, quando Filipe soube que Portugal ia organizar a Exposição. «Como português senti-me orgulhoso e determinado em dar o meu contributo para o sucesso da Exposição». A vontade de ser mais do que  um mero espectador foi razão suficiente para que se candidatasse ao Programa de Voluntariado.

O Programa de Voluntariado da Expo’98 foi um projecto da sociedade gestora do evento no sentido de angariar pessoas que assegurassem serviços essenciais da Exposição. Foram criadas cerca de 1200 vagas, mas as candidaturas excederam em muito o limite. Divididos em grupos de 250 elementos, os voluntários trabalhavam cerca de um mês. Na primeira semana recebiam um curso de formação que incluía História dos Descobrimentos Portugueses e preparação para as situações com que se pudessem vir a confrontar. As restantes semanas eram passadas no terreno, desempenhando as funções que tinham escolhido ou que lhes tinham sido atribuídas, conforme as necessidades da Expo.

Para o voluntário Paulo Vasconcelos, as funções atribuídas eram do tipo «canivete suíço». «As nossas funções eram muito abrangentes. Eu, por exemplo, estive maioritariamente na Porta do Sol na área de apoio ao visitante, onde tinha de colocar as pulseiras de identificação nas crianças, dar mapas do recinto, fornecer indicações. Estive igualmente no Pavilhão de Portugal, na Porta do Tejo; cheguei a andar dois dias inteiros com duas pessoas de idade a visitar o recinto».

Apesar do esforço exigido, e do tratamento inferior que por vezes era imposto aos voluntários, todos são unânimes em classificar a sua participação na Expo’98 como extremamente gratificante. « Foi uma das melhores experiências da minha vida. Pelos conhecimentos que fiz, que ainda hoje se mantém, por tudo o que aprendi em termos culturais e pelo próprio trabalho, a possibilidade de ajudar a construir o sucesso que foi a Expo’98», explica a bióloga Vanessa Zuzarte, que foi voluntária durante o mês de Agosto de 1998 . 

Paulo Vasconcelos salienta as amizades que se fizeram. «Foi uma experiência única que me marcou profundamente, principalmente pelo espírito de trabalho que lá se viveu, pela camaradagem e pela alegria». Camaradagem essa que, segundo Filipe Gaspar, foi responsável pela choradeira generalizada  de todos os voluntários no último dia de trabalho.

O voluntariado que se fez na Expo’98 não foi totalmente isento de contrapartidas materiais. Aos voluntários era oferecido o alojamento, caso o necessitassem, subsídio de refeição, uniforme e uma espécie de ordenado. Cada voluntário podia receber, no máximo, 90 mil escudos. Mas os momentos protagonizados com os amigos levam a que muitos destes voluntários confessem que teriam colaborado mesmo sem ganhar nada pela participação.

Durante os quatro meses da Exposição, a simpatia dos muitos rapazes e raparigas vestidos com as camisolas azuis ajudou ao sucesso do evento. Mas os voluntários da Expo não foram só jovens.

A experiência da Expo’98 serve para demonstrar que o conceito de voluntariado é mais lato que o voluntariado social. O voluntário é aquele que, independentemente da idade e da área em que trabalha, move-se pela simples vontade de ajudar. Como refere Isabel Martins, a mais nova dos chefes de equipa de voluntários da Expo’98, «o voluntário é a pessoa que se dá à outra. Se bem que o ideal seja cristão, todos deveriam aceitá-lo e ajudar no que fosse preciso».

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